segunda-feira, 7 de abril de 2008

O que é 0 VIH / SIDA




O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um lentivírus da família dos retrovírus. É constituído por moléculas de ácido ribonucleico (ARN), com uma única cadeia e possui envelope formado por proteínas.
Os retrovírus infectam predominantemente animais vertebrados. São conhecidos outros retrovírus que provocam síndromes de imunodeficiência adquirida noutras espécies de vertebrados, nomeadamente, o Vírus da Imunodeficiência dos Felinos e o Vírus da Imunodeficiência dos Símios.
Segundo as investigações feitas nesta área, o VIH pode ter evoluído a partir do Vírus de Imunodeficiência dos Símios encontrado nos chimpanzés da África ocidental, e ter passado aos humanos dessa região e daí para o resto do mundo. Esta é a teoria actualmente aceite para a origem do VIH.
Existem dois tipos de vírus da imunodeficiência humana, o VIH-1 e o VIH-2, e tanto um como outro só se reproduzem nos humanos. O VIH-1 é o vírus de imunodeficiência humana mais predominante, enquanto o VIH-2 se transmite com menos facilidade e o período entre a infecção e a doença é mais prolongado.
O vírus tem que entrar no sistema sanguíneo para poder multiplicar-se. Ele infecta e multiplica-se dentro dos linfócitos T4, também conhecidos como células CD4, que fazem parte do sistema imunológico. Ao penetrar na célula, o VIH transforma o seu código genético de ARN em ADN, o que é possível através de uma enzima chamada transcriptase reversa, que lhe permite replicar-se e destruir estas células. Para completar o seu ciclo de reprodução, o vírus utiliza ainda outras duas enzimas, a protease e a integrase.
As células CD4 são um elemento fundamental do sistema imunológico, porque são estas que informam outras células sobre a necessidade de combater vírus. O VIH destrói as células CD4 e quando a sua contagem baixa, a resposta do organismo torna-se deficiente. O vírus cria, diariamente, dez milhões de novos vírus, destruindo outro tanto de células CD4.
Todos os dias o organismo produz quase a mesma quantidade de células CD4 para repor a diferença, mas, a partir de certa altura, não consegue aguentar este ritmo. Se a contagem diminui para menos de 200 unidades por mililitro de sangue, diz-se que o seropositivo passou a ter SIDA. O vírus começa a multiplicar-se assim que entra no sistema sanguíneo da pessoa infectada, mas podem passar algumas semanas até que o organismo comece a produzir anticorpos.
Existem, pelo menos, nove subtipos do VIH-1 que são geneticamente diferentes, identificados com as letras de A a J (com excepção da letra E), todos pertencentes ao grupo M. Foram já identificados outros, bastante heterogéneos, pertencentes ao grupo O e ao grupo N.
Na América do Norte e na Europa predomina o subtipo B;
Em África a maioria das estirpes isoladas pertencem aos subtipos A, C e D, sendo o subtipo C o mais comum;
Na Ásia predominam os subtipos C e B e a forma recombinante AE.
Fora do organismo humano, à temperatura ambiente, o vírus pode sobreviver cerca de uma hora. E permanece vivo no sangue coagulado durante mais tempo.