quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Donas de Casa Desesperadas

Depois da saída do armário de Andrew, o filho de Bree Van de Kamp, a nova série de Donas de Casa Desesperadas vai contar com um casal gay que se muda para Wisteria Lane.







quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Companhia de aviação associa-se a causa 'gay'

Uma companhia especializada em voos low cost resolveu, num gesto inédito em Portugal, promover-se através da associação à causa do casamento das pessoas do mesmo sexo. Para tal, convidaram o casal Teresa Pires e Helena Paixão, cuja pretensão de casamento civil está em apreciação no Tribunal Constitucional, para "celebrarem a bordo um compromisso homossexual". O voo em causa, que parte hoje (19 de Dezembro) do aeroporto da Portela, tem como destino a capital da Espanha, país que em 2005 legalizou a união civil de pessoas do mesmo sexo, pelo que o anúncio do evento, feito por uma agência de comunicação, leva a crer que o "compromisso" em causa é um casamento. Na verdade, trata-se, como as próprias Teresa e Helena certificaram ao DN, de "uma celebração da união de facto".


Certo é que a união de facto entre pessoas do mesmo sexo está legalmente reconhecida em Portugal desde 2001, pelo que "a celebração de compromisso" que o press release da agência de comunicação anuncia nada tem de novo ou de extraordinário - a não ser o facto, nunca antes verificado no País, de uma empresa usar a luta pelos direitos dos homossexuais para buscar visibilidade mediática.
As duas mulheres, que em Fevereiro de 2006 tentaram casar numa conservatória de Lisboa, recusaram esclarecer se vão receber alguma compensação monetária, ou em espécie, pela sua colaboração neste evento de marketing, adiando quaisquer outras declarações para conferência de imprensa convocada, pela mesma agência de comunicação, para as 13.20h de hoje, na pista do aeroporto. A convocatória de imprensa, enviada às redacções na segunda-feira, impunha inclusivamente um "embargo" noticioso "até dia 19", pelo que não foi possível obter esclarecimentos da própria companhia aérea (a EasyJet) ou de Jordi Petit, um activista espanhol do movimento LGBT que estará também presente na conferência de imprensa. "As declarações serão na conferência", disse Jordi ao DN.
Ainda assim, o DN conseguiu saber, junto da agência de comunicação (a Tinkle) que organizou o "acontecimento", que foram oferecidos a Teresa e Helena (assim como, presume-se, para as respectivas filhas, já ue o press release menciona a presença das crianças na "celebração") os voos de ida e volta assim como dois dias de estada em Espanha. Quanto à ideia do evento, surgiu, segundo a Tinkle, na sequência de um contacto das duas mulheres com a companhia de aviação, solicitando a realização da tal "celebração" a bordo.Esta afirmação é, no entanto, contraditada por um activista de uma associação LGBT portuguesa, que disse ao DN que a respectiva associação foi contactada por alguém que em nome da EasyJet solicitou contactos de casais homossexuais que quisessem "participar" num evento deste género. A associação não deu resposta à solicitação, mas a agência acabaria por conseguir chegar à fala com Teresa e Helena, contactando o advogado que as representa na sua intenção de casar. Luís Grave Rodrigues diz ter recebido um telefonema "de uma agência de comunicação" propondo o "acontecimento" há semanas, "no auge da controvérsia sobre o anúncio da cerveja Tagus" (anúncio que foi acusado de ser homofóbico por várias associações, tendo sido retirado). Grave Rodrigues deu o contacto das duas mulheres mas diz tê-las desaconselhado de aceitar a proposta.
O evento de hoje, que o professor de jornalismo e ex-provedor do leitor do DN Mário Mesquita vê como aquilo a que se dá o nome de "pseudo-acontecimento" surge-lhe revelador, até pela imposição de um "umbargo", como uma "técnica de marketing nova", que utiliza um assunto "que por ser controverso tem um valor acrescentado do ponto de vista da atenção do público".

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

My Own Private Idaho (1991) - Rapazes Selvagens



Obra sensível escrita e dirigida por Gus Van Sant e que lhe rendeu o prémio de melhor director do ano no Festival Internacional de Toronto. O filme tem Keanu Reeves no papel principal e mostra a realidade brutal da vida de garotos envolvidos com drogas e prostituição. Recebeu três Independent Spirit Awards: melhor música, melhor roteiro e melhor actor para River Phoenix, falecido aos 24 anos com uma overdose de drogas.
"Lembro-me de um rapaz lindíssimo com uma pele perfeita, sem uma mácula, e uma cabeleira lisa, rebelde a esvoaçar ao vento. Uns lábios vermelhos, tão vermelhos, que hoje quando o recordo é a primeira coisa que me vem á cabeça… ”É prostituto”, alguém disse. Mas na ingenuidade dos meus 15 anos pensei que ele era um rapaz selvagem. Talvez, como um unicórnio, impossível de domar… "


Nunca tentem domar um rapaz selvagem!



sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A Europa unida pelos Direitos Fundamentais

A União Européia tornou-se o primeiro organismo internacional a possuir um tratado escrito em linguagem explícita proibindo qualquer tipo de discriminação por orientação sexual.
A Carta dos Direitos Fundamentais foi assinada dia 12 de Dezembro em cerimónia em Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu pelo Presidente do Parlamento Hans-Gert Poettering, pelo Presidente da Comissao, José Manuel Durão Barroso e pelo Presidente em exercício do Conselho da Europa, José Socrates.
A Carta engloba assim vários outros documentos, lei e regulamentos já reconhecidos pela UE e regula os direitos dos cidadãos dotando-os de força legal. Juntamente com o Tratado de Lisboa esta Carta terá que ser agora ratificada pelos 27 estados membros da União.
A International Lesbian and Gay Association (ILGA) – Europe, comemorou a notícia e reafirmou a urgência de ratificação do Tratado de Lisboa, afirmando ser o novo documento um avanço ainda maior para toda a comunidade LGBT no continente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Associação ILGA Portugal lança livros infantis para todas as famílias


A Associação ILGA Portugal lança em Portugal dois livros infantis ("De onde venho?" e "Por quem me apaixonarei?") cujas histórias e respectivas ilustrações retratam, de uma forma simples, a diversidade afectivo-sexual, promovendo assim a igualdade, o respeito pela diversidade e a convivência cidadã desde a infância. São livros inclusivos, para todas as famílias – esta edição é afinal mais um passo na nossa luta pelo direito à indiferença.Estes livros infantis são editados em colaboração com o projecto eraseunavez. com e com o apoio da Fundación Triángulo Extremadura (Espanha).


O lançamento, que contará com a presenças dos autores Javier Termenón ("De onde venho?"), Wieland Pena e Roberto Maján ("Por quem me apaixonarei") terá lugar na Livraria Bulhosa de Entrecampos, no Sábado, 15 de Dezembro, pelas 17h. A apresentação dos livros será feita por Miguel Vale de Almeida.
Os livros estarão à venda pelo preço unitário de 10€ nas livrarias Bulhosa e Barata, a partir do dia 16 de Dezembro.
Também os podes pedir directamente para o nosso mail: gay.alentejo@gmail.com

sábado, 8 de dezembro de 2007

Sexacessorios



Muitos homens gays possuem uma gaveta especial ou uma caixa de brinquedos onde guardam a sua parafernália sexual. Obviamente, os itens mais habituais que ali se podem encontrar são preservativos e lubrificantes. Mas quais são os artigos que os rapazes e homens mais utilizam para brincar nos seus quartos? Vamos fazer uma lista dos “sexacessorios” mais utilizados.


O anel ou cockring
O anel é uma espécie de correia ou de corda em forma de anel que se coloca em redor da base do pénis ou dos testículos para restringir a circulação sanguínea. O seu objectivo é manter o pénis erecto e inchado, ainda que a alguns homens apenas lhes goste o aspecto ou a sensação de usar-lo.
Alguns dos anéis estão fabricados com uma correia de couro plana com fechos ou velcro para fecha-lo. São ajustáveis e de fácil remoção. Alguns homens costumam depilar-se ou barbear-se a base do pénis para evitar que a correia se entrelace com os pelos púbicos.
Existem anéis não ajustáveis de alumínio ou de borracha de vários tamanhos e grossuras. O pénis deve estar flácido no momento de colocar ou retirar o anel. O perigo que se corre ao usar este tipo de anel muito apertado por um grande período de tempo é danificar os vasos sanguíneos da base do pénis. Não se recomenda o uso de esta classe de anel a diabéticos e portadores de doenças nervosas.
Com a aparição de drogas como o viagra, os anéis deixaram de ser tão usados como o eram antes.


Vibrador / Dildo
Um vibrador é um objecto com forma de pénis usado normalmente para a estimulação e penetração. Habitualmente estão feitos de vinil ou de borracha, mas existe toda uma grande variedade de vibradores no mercado. De várias cores e tonalidades de pele, existem modelos de pessoas famosas e diferentes texturas; desde estructuras venosas até completamente lisos.
Os principiantes deveriam começar por exprimentar com um de tamanho pequeno e usar muito lubrificante. Usar preservativo nos vibradores faz com que a sua limpeza seja mais fácil. Por razões de sexo seguro, os vibradores não devem ser partilhados.
A maioria dos homens costumam usar as suas mãos para segura-los e manobra-los em vez de usar arneses. Quando se usam estando sozinho, os vibradores com asa são muito práticos.


Butt Plug


O "butt plug", qualquer coisa como “rolha anal” é um objecto similar ao vibrador, mas normalmente mais pequeno e desenhado para permanecer dentro do ânus por mais tempo. Habitualmente tem a forma de um tampão triangular com uma base plana para prevenir que se introduza por completo no interior do ânus ou que caia.
Os butt plugs costumam utilizar-se para relaxar os músculos do esfíncter com o objectivo de pré-aquecer o ânus antes de uma penetração mais profunda. Alguns estão desenhados especificamente para estimular a próstata.






Molas


São pinças de metal para estimular os mamilos ao aplicarem-se com diferentes graus de pressão. O principal objectivo é o de fornecer constante e intensa estimulação aos mamilos. Habitaulmente são usadas em actividades de S&M.
Qualquer objecto que possa ser usado para aplicar pressão nos mamilos pode ser utilizado, como por exemplo molas da roupa ou clips de mola.
Nalguns casos, colocam-se pesos nas pinças para aumentar a força aplicada nos mamilos. Isto impede que a pessoa que os usa não possa efectuar movimentos bruscos, o qual lhe poderia provocar lesões.


Algemas
Depois das molas, o brinquedo S&M mais usado pelos gays são as algemas. As algemas utilizam-se para manter os punhos imóveis. As algemas são uma classe de brinquedo de Bondage cujos efeitos podem ser tanto físicos como psicológicos. Uma das pessoas envolvidas no jogo passa a ter o controlo, enquanto a outra entregou parte do seu, gerando assim um situação de domínio/submição.
As algemas apresentam-se em todo o tipo de estilos e tamanhos; metal, que podem ter couro ou veludo para ter um efeito de suavidade.Habitualmente são usadas para algemar os braços às pernas da cama ou à cabeceira, ou ainda para colocar os braços à frente ou à retaguarda do corpo.
Corda, tecido ou couro também podem ser utilizados para atar os punhos. As gravatas de seda podem ser difíceis de retirar rapidamente, especialmente se humedecidas. Nestes casos é bom ter umas tesouras à mão.
Assegurar-te que este tipo de actividades é de comum acordo e que esta dinâmica inspire confiança em ambas partes. Os ossos e os ligamentos das articulações são muito frágeis, pelo que há que ter o cuidado de não usar peso e de não realizar ataduras muito apertadas. Também há que ter em conta se a circulação sanguínea não é cortada e esta chegando aos dedos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A origem do Movimento Civil LGBT

O movimento de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos das populações LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), tal como o conhecemos (com pessoas de todos as áreas da sociedade a organizarem-se e com marchas reivindicativas e celebrativas) começou em 1970, aquando da marcha que assinalou o primeiro aniversário dos «motins do Stonewall».
Na noite de 28 de Junho de 1969 uma rusga habitual no Stonewall Inn, um bar gay – que, por sê-lo, era alvo frequente de acções policiais em que o comportamento dos agentes era sempre verbalmente agressivo – não acabou como as outras. Uma mulher resistiu à detenção e as cerca de duzentas pessoas que esperavam à porta do Stonewall (o bar havia sido esvaziado pela polícia) responderam a um grito de denúncia de «violência policial!» atirando garrafas, pedras e moedas contra os agentes. Como era sábado à noite e o Stonewall Inn ficava em Greenwich Village, uma zona de Nova Iorque que corresponde ao Bairro Alto enquanto zona de vida nocturna, rapidamente duplicou o número de pessoas envolvidas no protesto.
Os agentes da polícia refugiaram-se no bar, barricando-se, e só não houve tiroteio porque no momento em que um dos agentes ia disparar através de uma janela se ouviram as sirenes dos carros da polícia que traziam reforços para tentar controlar os protestos.
Nas três noites seguintes houve mais manifestações na Christopher Street, a rua onde ficava o Stonewall Inn (que, apesar de ter ficado destruído, foi limpo e arrumado e abriu novamente na noite de 29 de Junho), tendo essas noites ficado na memória das pessoas.
Os motins da Christopher Street não foram, contudo, os primeiros protestos e gestos de desobediência civil. Já em 1961 tinha havido um protesto à porta de esquadra que durou um par de dias. A multidão exigia a libertação de dois detidos (durante uma rusga num bar gay ) e ameçava invadir a esquadra se a polícia não conseguisse provar que os detidos se encontravam bem.
Antes desta altura as únicas acções levadas a cabo em defesa dos direitos dos gays e das lésbicas (na altura ainda não existia consciência de que muitos dos problemas que afectam bissexuais e transgenders são comuns aos dos gays e das lésbica) eram acções de organizações conservadoras, que defendiam uma imitação acrítica dos modelos heterossexistas patriarcais. Nos EUA a mais famosa foi a Matachine Society e na Europa foi a francesa Arcadie (esta mais virada para o meio académico e artístico que para o público e a classe política).
Entre 1850 e 1933 houve também um importante movimento, na Europa central, de luta contra a criminalização dos actos sexuais entre pessoas do mesmo sexo e do travestismo. O país onde o movimento se organizou e fez intervenções públicas de forma mais consistente foi a Alemanha, tendo o sexólogo Magnus Hirschfeld sido o seu mais carismático líder. Mas a chegada dos Nazis ao poder acabou, através de uma repressão brutal, com o movimento (Hirschfeld era homossexual e judeu e teve de fugir).
Mas este movimento pecava por usar como argumento para combater a criminalização da homossexualidade a ideia de que se tratava de uma condição inata ainda mal estudada pela medicina (a Medicina estava a tomar o lugar da Igreja enquanto entidade controladora do opinião pública e das reformas da sociedade). Hirschfeld havia retomado a ideia do «Urning» (homem que ama outro homem) apresentada por Karl Heinrich Ulrichs (considerado o primeiro activista gay da era moderna, por ter publicado uma série de doze panfletos e ter assumido publicamente a sua homossexualidade). Tal como Ulrichs, Hirschfeld acreditava que as pessoas homossexuais eram «hermafroditas psícológicos/as» e chamou-lhes o «terceiro sexo». Embora a ideia de Ulrichs tenha sido usada pela classe médica para apontar os «Urnings» como doentes, Hirschfeld recuperou-a durante algum tempo graças à sua reputação de investigador pioneiro. Mas a recuperação temporária da imagem dos homossexuais foi-se quando Hirschfeld foi acusado de vender patentes de remédios inúteis e de extorquir dinheiro a homossexuais alemães “no armário” para financiar a sua causa.
Hirschfeld publicou também teorias hormonais da homossexualidade, o que levou a que outros tentassem “curar” a homossexualidade através na injecção de hormonas nos “doentes”.

O movimento tal como o conhecemos hoje, com ONGs e campanhas de (in)formação do público, desenvolveu as suas linhas ideológicas orientadoras durante os anos 70 (a época da teorização da Revolução Sexual, do ambiente andrógino e bissexual do glam rock, da celebração do indivíduo e da análise epidemiológica dos primeiros casos de SIDA – na altura, o «cancro gay »).

Devido à imagem de «origem da doença» e de «ameaça à saúde pública» o movimento LGBT viu-se activamente envolvido nas organizações de apoio às vítimas do VIH/SIDA (até porque, devido às políticas seguidas pelas administrações Reagan, o grosso das vítimas era, ainda, composto de homossexuais). A experiência do combate à SIDA permitiu ao movimento desenvolver as capacidades organizativas e de gestão de ONGs, bem como de organização de campanhas de massas, tendo a luta contra a SIDA servido, inadvertidamente, de escola para a criação de associações LGBT.

Nos anos 90, nos países onde a epidemia da SIDA parecia estar controlada e o público informado, assitiu-se a uma série de campanhas que resultaram na aprovação de legislação anti-discriminação e na mudança de mentalidades. Assim, se é um facto que a homofobia ainda grassa, também é verdade que foram eleitas ou nomeadas pessoas assumidamente LGBT para cargos públicos/políticos e que a homossexualidade deixou de ser um assunto proibido para passar a ser uma realidade abordada nos filmes e séries de televisão (nem sempre de forma correcta), nos telejornais (onde, infelizmente, parece imperar a filosofia de «quanto mais espectacular e aberrante, melhor») e em algumas salas de aula (geralmente o local onde são proferidas asneiras sem que as/os professoras/es disso tenham consciência).




in: Rede Ex Aequo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Campanha relógios Dolce & Gabbana


A marca Dolce&Gabbana mostra na tv portuguesa a realidade que alguns teimam em esconder. Não é a primeira vez que tal sucede mas é concerteza uma aposta arrojada da marca e muito mais neste Portugal que teima em se fechar no armário.

domingo, 2 de dezembro de 2007