quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Simone de Oliveira, meu amor


Talvez fosse com esta expressão que eu desejaria aproximar-me de Simone de Oliveira para dizer-lhe somente "olá".
Esta artista lusa, que celebrou na passada 2ª feira (25 de Fevereiro) 50 anos de carreira, concede uma entrevista à Timeout Lisboa em que fala sobre ela, sobre a homossexualidade, sobre a vida e tenta explicar o porque de ser uma divã para os gays nacionais.
A entrevista completa pode ser vista na edição online deste magazine aqui.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Óscares Rosa 2008


Voltamos hoje ao tema dos Óscares de Hollywood que no passado domingo celebraram a denominada 7ª arte. Uma 7ª arte que mais uma vez também é LGBT.

O Melhor filme estrangeiro foi para
“Os Falsificadores”, do austriaco Stefan Ruzowitzky, sobre os judeus durante a 2ª guerra mundial. Este realizador, conhecido no seu país pelo apoio e colaboração com associações LGBT conseguiu recentemente que o código penal austriaco fosse alterado, dado que criminalizava as relações entre adultos e jovens homossexuais.
As outras protagonistas são Cythia Wade e Vanessa Roth, realizadoras de
"Freeheld", vencedoras na categoria de documentário de curta-metragem, sobre um filme polémico mostrando a luta de uma militar lésbica que está na fase final de vida com SIDA e quer deixar a sua pensão para a sua companheira.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Colaborações

Caros amigos,

O blog/site www.gayalentejo.tk tem o prazer de anunciar que a partir de hoje inicia a colaboração com dois outros projectos de visibilidade de temática afectivo sexual para gays, lésbicas, transexuais e bisexuais.

O primeiro é um projecto luso, que desde há algumas semanas já tinha aqui ao lado na barra um destaque merecido e com o qual iremos compartir os posts sobre cinema LGBT. É a Revista Gay2
que pode ser vista nesta morada: http://revistagay2.blogs.sapo.pt

O outro é um projecto que chega do outro lado do Atlântico e ao qual o site Gayalentejo.tk decidiu aderir é uma forma de cooperação que espero seja do vosso agrado. A maior rádio LGBT via net do Brasil agora também emite aqui! Podem conferir o site da Vibe Hitz nesta morada: http://vibehitz.com.br

Primeiro Ministro Espanhol na Revista Zero




A Revista Zero, uma das mais prestigiadas revistas dedicadas ao público LGBT em Espanha, dedica este mês um número especial às eleiçoes legislativas espanholas que se realizam a 9 de Março.


Para além de Jose Luis Zapatero, líder do PSOE, são ainda entrevistados o número um da IE (Izquierda Unida), Gaspar Llamazares, e ainda o representante de UPyD (Unión Progreso y Democracia), Fernando Savater. Por parte do PP (Partido Popular), segunda força politica, recusou-se a participar.


"Não permitirei que Rajoy (líder do PP) negue direito a nenhuma família", diz Zapatero, referindo-se ao facto já declarado publicamente por Rajoy de retirar o direito de adopção ás famílias homoparentais.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Moçambique e África no caminho da normalização


A capital moçambicana vai acolher pela primeira vez, na próxima semana, entre segunda e sexta-feira, um encontro internacional de lésbicas, bissexuais, transexuais e feministas oriundas de 60 países, a maioria africanos, sobre o tema"Preparar Pensadoras e Líderes Feministas Lésbicas do Século 21: Uma Resposta Feminista ao Patriarcado e à Homofobia em África", o encontro é organizado pela Associação Lambda, a primeira organização moçambicana de defesa dos direitos dos homossexuais a surgir em Moçambique.
Actualmente, 38 países africanos têm leis que criminalizam a homossexualidade.

Em Moçambique a homossexualidade não esta está proibida apesar de existir uma clausula penal que criminaliza as práticas contra a natureza, onde alguns juízes poderão recorrer para penalizar os gays, lésbicas, bisexuais e transexuais moçambicanos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Caracóis e Ostras

Hoje é a grande noite dos óscares em Hollywood, uma noite de glamour que desde 1929 premeia através da Academia das Artes cinematográficas os melhores filmes, alguns deles que abordam de forma mais directa ou disfarçadamente a temática homossexual.

Depois de um período em que nos estúdios os homossexuais não tinham porque esconder-se e eram estrelas, a politica dos EUA fez com que os gays, lésbicas e transexuais desaparecessem dos grandes écrans, resumindo-se papeis triviais e menos honrosos. Até chegar ao Brokeback Mountain, ao Trusman Capote ou Transamerica muitos foram os filmes que marcaram a história dos óscares.

Espartaco (1960) de Stanley Kubrick, foi um desses filmes tendo ganho 4 óscares: Actor secundário (Peter Ustinov), Direcção Artística, Fotografia e Vestuário; foi ainda nomeado nas categorias de Melhor Montagem e Banda Sonora.

Das várias produções sobre a Antiga Roma esta foi a que mais êxito alcançou para gáudio de todos os gays que viam nelas a possibilidade de verem os seus actores exibindo os seus músculos. De notar que este filme sofreu a censura da época, tendo sido retirada a cena protagonizada por Laurence Olivier e Tony Curts, sobre ostras e caracóis.

(De forma a ser perceptível e porque apenas o encontramos em espanhol deixamos-vos essa versão).

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Toulouse inaugura a rue de Pierre Seel


Toulouse vai inaugurar já neste sábado, pelas 15H00, a toponímia de uma rua em memória de Pierre Seel, vitima homossexual da repressão nazi, internado num campo de concentração nazi pela sua orientação sexual.
O mesmo poderá acontecer em breve em Montpellier, pois as várias forças politicas já chegaram a acordo sobre a matéria.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Queer as folk - Diferentes como nós



Queer as Folk é o nome de duas séries televisivas dramáticas de sucesso, criados por Russell T. Davies. O nome do seriado é uma brincadeira com um ditado inglês, de "ninguém é tão estranho como nós" ("nobody is so weird as folk"), para "ninguém é tão bicha como nós" ("nobody is so queer as folk").

A série original começou a ser produzido em 1999 pelo Red Production Company para o canal aberto Chanell 4 do Reino Unido. Contava os conflitos diários de três homens gays vivendo em Manchester. Em Portugal esta serie foi exibida não por completo pela 2:.

A serie foi adaptada numa co-produção EUA/Canada e começou a ser transmitido em 2000 nos canais de televisão a cabo Showtime (EUA) e Showcase (Canada). Contava a história de cinco homens gays e uma casal de lésbicas que viviam em Pittsburgh (Pensilvania, EUA). Houve algumas diferenças óbvias entre as duas series: primeiro na quantidade de personagens e tramas principais, segundo nas cenas de nudez (devido ao fato de que o segundo era transmitido em canais de televisão a cabo, e o primeiro não).
Esta série é um marco na luta dos direitos LGBT, pois investe em uma trama sem cunho pornográfico ou apelativo, mostrado homossexuais como pessoas normais , vivendo em seu dia-a-dia. As dificuldades e conquistas desta comunidade são brilhantemente retratadas nesta série.

Em Portugal, a série foi exibida pelo canal generalista nacional TVI, dando à hora da madrugada. Infelizmente, os DVDs da série não foram lançados nos dois países.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Pierre et Gilles



Uma obra capaz de sintetizar o século 20.




Gilles Blanchard, artista e fotógrafo françês nasceu em Le Havre. Juntamente com o seu namorado Pierre Commoy, trabalham sob o nome ‘Pierre et Gilles’. Conheceram-se em 1976 e começaram a trabalhar juntos em 1977.

O trabalho dos dois se expressa por meio de técnicas como a colagem, o printing e a interferência. A dupla compõe uma obra instigaste, ácida, marcada pelo diálogo com a cultura pop. A obra deles teve auge nos anos 70, mitigando influências arcaicas da cultura européia, tais como um catolicismo de louvação e sincretismos da cultura massificada. O pop, a cultura homoerótica, a publicidade, a banalidade da vida cotidiana, o kitsch e a prática do retrato são elementos recorrentes nesse trabalho.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O Livro do Pedro, da Maria, do João, da Catarina e de todos



Foi ontem apresentado o primeiro livro infantil escrito por autor português com temática homossexual. Já em Dezembro a Ilga Portugal tinha feito a edição de dois contos, desta vez de autores espanhóis.
Desta vez é Manuela Bacelar, reputada autora de vários contos para crianças (Colecção Tobias) que abre caminho para este tipo de livros.
A ideia na origem do livro foi contrariar o preconceito de que uma criança com dois pais ou duas mães está condenada a um desenvolvimento deficitário de onde se exclui o casamento e filhos... Em ‘O Livro de Pedro’ Maria conta à filha a história da sua infância feliz mas incomum, já que Maria teve dois papás: o Pedro e o Paulo... A história termina com a filha de Maria em casa dos avós, Pedro e Paulo, numa excitação digna de aniversário e natal em simultâneo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados

Hoje este post vai destinado apenas para uma pessoa!


Amo-te Felipe!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Thermas Pride



O jacuzzi, os recantos escuros e uma área sadomasoquista são atractivos num espaço gay que se afirma como único no país, é o Thermas Pride.


Com hotel e SPA e onde mulheres não entram, desde o Verão que o espaço funciona numa vivenda situada na Av. dos Descobrimentos em Albufeira, que passa despercebida à maioria e onde, só depois de um olhar mais atento, se vê um letreiro com a inscrição "Thermas Pride - Guest House & Spa for Men".



Os quartos destinam-se a qualquer casal, mulheres incluídas, mas a utilização do Spa é exclusiva para homens, explicou à Lusa o gerente, M.Poeira, que sublinha que este é o único espaço gay do país que alia o conceito de hotel e Spa.



Com uma média diária de 15 clientes, a zona da sauna é requisitada sobretudo por portugueses, na sua maioria naturais do Algarve, e só no Verão se regista maior afluência de estrangeiros.



À entrada - e a troco de oito euros, valor da entrada no SPA - é logo distribuído um kit composto por toalha, chinelos, chave para cacifo e preservativo, acessório que ali não falta, frisa M. Poeira, 40 anos, que gere o espaço desde Janeiro.



Umas escadas estreitas conduzem à zona designada como sauna, aberta a partir do meio tarde até de madrugada e onde os clientes podem desfrutar de um jacuzzi com ecrã de televisão, banho turco e sauna.



Mas, apesar das altas temperaturas, as zonas mais quentes são mesmo a sala de vídeo, onde pode assistir-se a filmes pornográficos gay, o recanto sadomasoquista e o quarto escuro, o mais frequentado, segundo a gerência.



Na sala sadomasoquista, uma espécie de baloiço desafia a brincadeiras mais ousadas e o quarto escuro, em forma de labirinto, convida a jogos de "toca e foge" apimentados pela ausência total de luz.



Com uma actividade profissional paralela que consegue fazer coexistir no mesmo espaço, mas que prefere não revelar, M.Poeira garante que a relação com a vizinhança é tranquila, muito graças à discrição dos clientes.


"Deve haver pessoas que nem sabem que estamos aqui", observa, acrescentando que para os clientes que queiram evitar ser expostos há uma entrada mais discreta, pelas traseiras, porque "ainda há muita discriminação".



Sexo e Romance




Outra das áreas do SPA é a chamada zona reservada, com um trinco por dentro e onde os casais ou grupos podem estar na intimidade longe dos olhares indiscretos, embora um cliente com quem a agência Lusa falou recuse a ideia de que ali "é só sexo".



Miguel tem 32 anos e conhece muitos espaços do género, nomeadamente em Espanha, mas diz que o que o atrai neste clube algarvio é o "ambiente agradável" e haver espaço para tudo, inclusive para o sexo, embora ninguém seja obrigado a fazê-lo.
"As pessoas têm a ideia de que numa sauna as pessoas estão todas despidas e fazem tudo e mais alguma coisa umas com as outras, mas isto não é uma fábrica de sexo, pelo contrário, até apela ao convívio", defende.
Assume que muitos vão em busca de sexo e que já foi abordado com essa intenção, mas sublinha que quem não está ali com essa intenção, só lhe basta evitar meter-se na "boca do lobo", ou seja, em áreas como o quarto escuro ou a sala de vídeo.
"Não venho à procura de sexo nem de namorado, venho para conviver", conclui, elogiando a coragem de quem decidiu abrir um espaço do género, ao qual, diz, os algarvios ainda não souberam "dar o devido valor".


@ Observatório do Algarve

@ Observatório do Algarve

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Israel permite que os casais homosexuais adoptem


Israel ampliou os direitos de adopção aos casais homosexuais. O Ministerio da Justiça assegurou que permitirá a adopção a casais compostos por pessoas do mesmo sexo de crianças que não tenham relação biologica com nenhum dos membros do casal.


Até ao momento Israel só permitia a adopção por casais homosexuais de crianças que fossem filhos biologicos de um dos membros do casal, mas não a outros.


"Decidiu-se que não há problemas legais em autorizar a casais do mesmo sexo, ou a um dos seus membros, a adopção de uma criança não aparentada com nenhum dos dois" declarou o Ministro.


A decisão foi tomada depois de um amplo debate que levou â aprovação da leguslação, ficando o julgamento das caracteristicas das familias homoparentais para os serviços sociais e que será individualmente decidido pelos serviços da Segurança Social de Israel.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Homosexualidade na História de Arte







Ao longo dos séculos, a homossexualidade foi permitida, proibida e perseguida, ou tolerada. E a arte é um bom exemplo disso mesmo. Durante séculos, os artistas dedicaram-se a representar nas suas obras a realidade do dia a dia. E não são poucos os que criarão obras nas quais de uma forma ou outra a homossexualidade esta presente.
Desde que um casal de cabeleireiros egípcios foi representado no seu jazigo no qual estão sepultados, muitas obras com conteúdo homossexual foram criadas ao longo dos séculos, umas vezes claramente e outras de forma dissimulada.

Tempos depois, na Antiga Grécia, a homossexualidade era uma pratica totalmente aceite entre os cidadãos das diversas polis gregas. Além desses corpos musculados e desvestidos de qualquer escultura clássica, ou do recente filme “300”, temos outros exemplos, como uma taça de vinho do séc. V a.c. na qual dois jovens se dedicam à bela arte do amor sem nenhum temor. Também desta época existem uma infinidade de loiças em que são representadas cenas de amor entre mulheres.


No posterior Império Romano a homossexualidade continuava presente no quotidiano com a permissividade das relações entre dois homens. Ou ao menos, se o cidadão livre tinha um amante escravo, já que as relações homossexuais entre homens livres estavam mal vistas. Ainda que isso não signifique que não as houvesse.
Duas das melhores conservadas cidades da Antiga Roma, Pompeia e Herculano, permitem-nos observar belos frescos onde aparecem cenas eróticas de carácter homossexual. Também umas das melhores peças do Museu Britânico, Londres, reflectem a tolerância face ás relações homossexuais, a conhecida taça Warren, em que aparece uma penetração anal.
Lamentavelmente, com a caída do Império Romano, a Europa retrocedeu no tempo e viveu uma época de obscuridade total, na qual moral crista fez desaparecer qualquer tipo de referencia à homossexualidade na arte.


É só mesmo no Renascimento quando o erotismo, a sexualidade e os nus, em principio heteresexuais, começam a reaparecer timidamente em diversos pontos da Europa.
Óbvios são os nus dos artistas renascentistas, com o seu regresso aos modelos clássicos, ou os nus da Capela Sistina de Miguel Ângelo, ou os dos dois jovens que se acariciam representados por Bartolomeo Cesi.
Na cidade de Florença os artistas começam a criar obras com conteúdo gay, motivos dissimulados nos seus quadros, á margem da cena principal. Também nesta época retoma-se a cena, que serviu posteriormente como icono gay, do martírio de S. Sebastiao.


Chegados ao séc. XVII, as cenas amorosas de mulheres começaram a preencher os quadros, mas não será até ao sec. XX que a realidade homossexual se retrate com total liberdade na arte contemporânea.


Autores como Ingrés, Coubert, com uma das que foi uma das primeiras representações lésbicas, ‘Male Couple’ de Andy Warhol, ou os rapazes de David Hockney que apresentam o amor homossexual.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Gisberta, alguém a não esquecer

O jovem da Oficina de S. José que, com a alegada colaboração de mais 13 adolescentes, terá sido responsável por agressões violentas à transexual Gisberta em 2006 começou ontem a ser julgado no Tribunal de S. João Novo, no Porto, mas não quis prestar declarações. Vítor Santos, agora com 18 anos, é acusado de três crimes de ofensa à integridade física qualificada e de um crime de omissão de auxílio.
Todos os antigos colegas testemunharam no julgamento a favor de Vítor. Confirmam o facto do rapaz ter estado no local onde a transexual vivia mas que nunca agrediu Gisberta. "Às vezes até separava, dizia para não baterem mais", garantiu um dos menores. A advogada de defesa do arguido diz que "não há qualquer concertação prévia para estes depoimentos" e acredita que os jovens foram a tribunal "dizer a verdade". Já quanto ao crime de negação de auxílio à vítima "mostra-se mais complicado" refutar a acusação. Vítor Santos viu Gisberta ser agredida, em agonia e nada fez para que o desfecho não tenha sido a morte.
Os factos remontam a Fevereiro de 2006.
Os 14 jovens, a maior parte internos da Oficina de S. José, tinham por hábito, depois de terminadas as aulas numa escola secundária da zona da Avenida Fernão Magalhães, parar e entrar num prédio inacabado do Campo 24 de Agosto onde, numa cave, Gisberta Salce Júnior, de 46 anos, transexual natural de Casa Verde, em S. Paulo, no Brasil, mas que com a saúde debilitada, ali vivia como sem abrigo. As visitas começaram por curiosidade. "Diziam que havia lá um travesti e eu nunca tinha visto um", contou ontem Rodolfo, agora com 16 anos, ao juiz. De uma das vezes Flávio atirou uma pedra à cabeça de Gisberta que caiu. Ao levantar-se, David rasteirou-a e atirou-a de novo ao chão. Noutra ocasião, também David pegou num barrote de madeira e deixou-o cair sobre a transexual.
Vítor esteve presente em todas estas situações mas, segundo os amigos, manteve-se afastado, "pedindo para pararem de bater". Tanto o juiz presidente do colectivo, João Grilo, como a procuradora do Ministério Público, acharam estranho a "memória selectiva" das testemunhas. De pormenores importantes não se lembravam mas respondiam de "rajada" para ilibar o arguido.
Os ferimentos causados pelas agressões não foram a causa directa da morte. Isso mesmo foi explicado pelo médico legista Agostinho Santos que autopsiou o corpo de Gisberta. "Todos os dados que dispomos apontam para que a vítima tenha morrido por afogamento", afirmou ontem ao tribunal. Foi o culminar das visitas dos 14 rapazes que lançaram a transexual para um poço do edifício. Vítor Santos não estava nesse dia no local daí não responder por ofensa à integridade física, agravada pelo resultado, e ocultação de cadáver.
@ Diário de Notícias

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Les Puceaux (Os Virgens)

Este pequeno curto mostra-nos dois jovens virgens numa cena de cama. Faz parte de "Scenes de Lit" (1998) do realizador francês Francois Ozon. Esta é uma das 7 cenas, cada uma com 1 casal diferente, explorando as surpresas e as mudanças de humor que acontecem na cama durante os seus encontros sexuais.

Versao original em francês. Legendado em inglês.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Unidos do Arco-Íris preparam Carnaval gay em São Paulo para 2009


Os foliões gays, lésbicas, transgêneros e simpatizantes da capital paulista desfilam em várias escolas, em especial na Mocidade Alegre, actual campeã do desfile do sambódromo do Anhembi. A partir de 2009, no entanto, poderão ter novo grupo: a Unidos do Arco-Íris.
A escola paulistana diz contar com ajuda da organização da parada gay da cidade, considerada a maior do mundo, além de futuros investidores do Brasil e do exterior, para no ano que vem disputar o grupo de acesso do desfile das escolas de samba e, futuramente, vencer o Carnaval.
"Tive a ideia depois de notar que a Mocidade Alegre teve alas gays duas vezes e preencheu uma lacuna que poderia atrair interesse da nossa comunidade", disse à Reuters o presidente da escola, Eduardo Correa.
"Essa escola vai viver mais do que eu. Os simpatizantes e os gays vão gostar de ter um pouco mais de liberdade no Carnaval. Sem contar que a simpatia dos gays é inigualável e o capricho no trabalho acompanha isso", comentou.
A expectativa da escola é ter mais de 3 mil integrantes em 25 alas no desfile de 2009, com mais de 1 milhão de reais para fazer o seu Carnaval. Essa cifra é a mesma de escolas de médio porte do grupo especial da festa em São Paulo, cuja edição deste ano começa nesta sexta-feira.
A estrutura da Unidos do Arco-Íris paulistana já conta com barracão perto do sambódromo, apoio de personalidades da noite da cidade e potenciais investidores ainda não revelados.
"PRIMO POBRE"
Já em Belo Horizonte, onde o Carnaval de escola de samba tem menos apelo, uma outra Unidos do Arco-Íris, que desfilou e chamou a atenção em 2005, mal pode fazer planos por falta de verba. Para eles, o Carnaval de desfile vai ser pela televisão ou longe de casa.
"Gay é tão criativo, não sei por que tiveram de copiar o nosso nome. Apesar de escolhermos o nome primeiro e de desfilarmos primeiro, mandei um email a eles dando parabéns pela iniciativa. Mas não quiseram responder ao primo pobre", disse o presidente da escola mineira, Osmar Resende.
Apesar de a primeira Unidos do Arco-Íris ter sido fundada em 2004, a entidade paulista, apresentada ao mundo do samba no aniversário da cidade no dia 25 de janeiro, nega ter tido inspiração com a colega mineira, que desistiu de desfilar após sua primeira e única participação no Carnaval belo-horizontino por falta de recursos.
Pelo menos 200 mil reais seriam necessários para isso, diz Resende, que também comanda a ONG Libertos, em defesa dos direitos dos homossexuais. "O nosso caso é diferente, porque a nossa Unidos do Arco-Íris não é só para Carnaval. A idéia é usar o Carnaval para atrair pessoas, fazer palestras, alcançarmos profissionais do sexo que caem na madrugada e ensinar a eles outros trabalhos, como canto e dança. Mas sem verba, não dá", disse.
O trabalho social não significou menos festa quando a escola mineira teve recursos, diz Resende.
A Unidos do Arco-Íris de Belo Horizonte foi a primeira a emplacar um transsexual no concurso de Rainha do Carnaval, em 2005. O indicado do grupo acabou com um prêmio de honra.