Os foliões gays, lésbicas, transgêneros e simpatizantes da capital paulista desfilam em várias escolas, em especial na Mocidade Alegre, actual campeã do desfile do sambódromo do Anhembi. A partir de 2009, no entanto, poderão ter novo grupo: a Unidos do Arco-Íris. A escola paulistana diz contar com ajuda da organização da parada gay da cidade, considerada a maior do mundo, além de futuros investidores do Brasil e do exterior, para no ano que vem disputar o grupo de acesso do desfile das escolas de samba e, futuramente, vencer o Carnaval.
"Tive a ideia depois de notar que a Mocidade Alegre teve alas gays duas vezes e preencheu uma lacuna que poderia atrair interesse da nossa comunidade", disse à Reuters o presidente da escola, Eduardo Correa. "Essa escola vai viver mais do que eu. Os simpatizantes e os gays vão gostar de ter um pouco mais de liberdade no Carnaval. Sem contar que a simpatia dos gays é inigualável e o capricho no trabalho acompanha isso", comentou. A expectativa da escola é ter mais de 3 mil integrantes em 25 alas no desfile de 2009, com mais de 1 milhão de reais para fazer o seu Carnaval. Essa cifra é a mesma de escolas de médio porte do grupo especial da festa em São Paulo, cuja edição deste ano começa nesta sexta-feira.
A estrutura da Unidos do Arco-Íris paulistana já conta com barracão perto do sambódromo, apoio de personalidades da noite da cidade e potenciais investidores ainda não revelados. "PRIMO POBRE" Já em Belo Horizonte, onde o Carnaval de escola de samba tem menos apelo, uma outra Unidos do Arco-Íris, que desfilou e chamou a atenção em 2005, mal pode fazer planos por falta de verba. Para eles, o Carnaval de desfile vai ser pela televisão ou longe de casa. "Gay é tão criativo, não sei por que tiveram de copiar o nosso nome. Apesar de escolhermos o nome primeiro e de desfilarmos primeiro, mandei um email a eles dando parabéns pela iniciativa. Mas não quiseram responder ao primo pobre", disse o presidente da escola mineira, Osmar Resende. Apesar de a primeira Unidos do Arco-Íris ter sido fundada em 2004, a entidade paulista, apresentada ao mundo do samba no aniversário da cidade no dia 25 de janeiro, nega ter tido inspiração com a colega mineira, que desistiu de desfilar após sua primeira e única participação no Carnaval belo-horizontino por falta de recursos. Pelo menos 200 mil reais seriam necessários para isso, diz Resende, que também comanda a ONG Libertos, em defesa dos direitos dos homossexuais. "O nosso caso é diferente, porque a nossa Unidos do Arco-Íris não é só para Carnaval. A idéia é usar o Carnaval para atrair pessoas, fazer palestras, alcançarmos profissionais do sexo que caem na madrugada e ensinar a eles outros trabalhos, como canto e dança. Mas sem verba, não dá", disse. O trabalho social não significou menos festa quando a escola mineira teve recursos, diz Resende.
A Unidos do Arco-Íris de Belo Horizonte foi a primeira a emplacar um transsexual no concurso de Rainha do Carnaval, em 2005. O indicado do grupo acabou com um prêmio de honra.
"Tive a ideia depois de notar que a Mocidade Alegre teve alas gays duas vezes e preencheu uma lacuna que poderia atrair interesse da nossa comunidade", disse à Reuters o presidente da escola, Eduardo Correa. "Essa escola vai viver mais do que eu. Os simpatizantes e os gays vão gostar de ter um pouco mais de liberdade no Carnaval. Sem contar que a simpatia dos gays é inigualável e o capricho no trabalho acompanha isso", comentou. A expectativa da escola é ter mais de 3 mil integrantes em 25 alas no desfile de 2009, com mais de 1 milhão de reais para fazer o seu Carnaval. Essa cifra é a mesma de escolas de médio porte do grupo especial da festa em São Paulo, cuja edição deste ano começa nesta sexta-feira.
A estrutura da Unidos do Arco-Íris paulistana já conta com barracão perto do sambódromo, apoio de personalidades da noite da cidade e potenciais investidores ainda não revelados. "PRIMO POBRE" Já em Belo Horizonte, onde o Carnaval de escola de samba tem menos apelo, uma outra Unidos do Arco-Íris, que desfilou e chamou a atenção em 2005, mal pode fazer planos por falta de verba. Para eles, o Carnaval de desfile vai ser pela televisão ou longe de casa. "Gay é tão criativo, não sei por que tiveram de copiar o nosso nome. Apesar de escolhermos o nome primeiro e de desfilarmos primeiro, mandei um email a eles dando parabéns pela iniciativa. Mas não quiseram responder ao primo pobre", disse o presidente da escola mineira, Osmar Resende. Apesar de a primeira Unidos do Arco-Íris ter sido fundada em 2004, a entidade paulista, apresentada ao mundo do samba no aniversário da cidade no dia 25 de janeiro, nega ter tido inspiração com a colega mineira, que desistiu de desfilar após sua primeira e única participação no Carnaval belo-horizontino por falta de recursos. Pelo menos 200 mil reais seriam necessários para isso, diz Resende, que também comanda a ONG Libertos, em defesa dos direitos dos homossexuais. "O nosso caso é diferente, porque a nossa Unidos do Arco-Íris não é só para Carnaval. A idéia é usar o Carnaval para atrair pessoas, fazer palestras, alcançarmos profissionais do sexo que caem na madrugada e ensinar a eles outros trabalhos, como canto e dança. Mas sem verba, não dá", disse. O trabalho social não significou menos festa quando a escola mineira teve recursos, diz Resende.
A Unidos do Arco-Íris de Belo Horizonte foi a primeira a emplacar um transsexual no concurso de Rainha do Carnaval, em 2005. O indicado do grupo acabou com um prêmio de honra.