segunda-feira, 26 de maio de 2008

Parada Gay reuniu 5 milhões de pessoas em São Paulo


A 12ª edição da Parada Gay de São Paulo reuniu cerca de 5 milhões de pessoas, segundo estimativa da organização do evento. Considerada a maior do mundo no segmento, além de muita irreverência, a festa teve um tom político em defesa da criminalização da homofobia, prevista no Projeto de Lei de Conversão (PLC) 122, no Senado Brasileiro.
O discurso mais forte nesse sentido foi feito logo na abertura do evento, por volta das 12h30, pelo presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transexuais (ABLGT), Toni Reis, ao citar que nos últimos 20 anos, mais de 2.800 homossexuais foram assassinados no Brasil. "Nós queremos que todos sejam tratados iguais perante a lei", disse.
O discurso foi reforçado pela ministra do Turismo, Marta Suplicy. "Nós ainda temos casos homofóbicos no País sem punição. Nós não temos ainda uma lei que considera homofobia um crime. E isso é muito importante. Está no Congresso e precisa ser aprovado", cobrou Marta em cima do trio elétrico do Ministério do Turismo, um dos 22 do evento. O tema da Parada Gay deste ano foi "Homofobia mata! Por um Estado Laico de Fato".
Este ano, a Polícia Militar informou que não fará um balanço sobre o número de participantes do evento. Depois da Virada Cultural, a Parada é o evento que mais traz turistas à capital paulista. Este ano, foram 327 mil, que devem movimentar R$ 189 milhões. Cerca de 13,5 mil empregos foram gerados.